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sábado, 8 de outubro de 2011

Floresta Amazônica


Floresta Amazônica

amazônica
É o maior corpo florestal do planeta. A floresta Amazônica ultrapassa os limites das fronteiras políticas de países, ocupando as bacias do Orinoco e do próprio Amazonas, avançando pelos seus afluentes e penetrando ao norte nos territórios da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Alcança o Atlântico, passando pelo delta do Amazonas, recobrindo parte do nordeste do Maranhão. Ao sul, invade a região do planalto, e portanto de cerrado, na forma de matas de galerias (mata de beira de rio). A oeste, é encontrada até os pés dos Andes, em terras bolivianas, peruanas, equatorianas e colombianas. Tamanha sua vastidão que alcança a América Central (esta mata com características já diferentes da Amazônia brasileira), podendo ser encontrada até no sul do México. Somando todas as áreas recobertas pela floresta, temos o incrível número de 6 milhões de quilômetros quadrados.
A parte brasileira é calculada em 3 milhões e meio de quilômetros quadrados, o que representa mais de 50% da floresta e 42% do território nacional. A Amazônia tem características marcantes que tornam sustentável tamanha vastidão verde. Nos chama atenção a extraordinária continuidade das florestas e a grandeza de sua rede pluvial. Apesar desta vastidão, apresenta pouca variedade de ecossistemas, mesmo analisando-se regiões e altitudes diversas. Algo que nos salta aos olhos é a �mesmice� encontrada nas terras amazônicas, sempre com altas e densas florestas, bem servidas de rios e animais.
A posição geográfica da Amazônia (na região da linha do equador) resulta numa fortíssima entrada de energia solar, acompanhada de abastecimento quase permanente de massas de ar úmido, com ausência de estações frias ou secas, e sem amplitude térmica muito grande. Estas são as características que possibilitaram o aparecimento de tamanha massa verde. Na região periférica da floresta, mais precisamente dos estados de Rondônia ao Acre, ocorre o fenômeno da "friagem". Este fenômeno consiste na penetração da massa de ar polar atlântica na Amazônia no período de inverno do hemisfério sul, provocando uma pequena baixa de temperatura. Em geral, a Amazônia recebe imensas cargas de água de 1600 a 3600 mm por ano, fazendo exceção aos campos de Boa Vista, em Roraima. As temperaturas médias oscilam entre 24 e 27 Cº. Algo que sempre nos chama atenção quando se fala de Amazônia é o contraste de cores, da fauna e da flora, chegando até a existir contraste de cores nos rios. Os rios brancos são aqueles que transportam uma grande quantidade de sedimentos finos, como argila e siltes (material sedimentar: pequenas partículas de minerais diversos, de tamanho compreendido entre 0,05mm e 0,005mm de diâmetro, que normalmente constituem mantos situados no solo) em solução, ao mesmo tempo arrastando areia em seu leito. Os rios negros por sua vez, nascem e correm entre terras firmes, com muitas florestas que chegam até suas margens. Por isso pouca quantidade de sedimentos é carreada por suas águas, encontrando-se apenas matéria orgânica em decomposição, provinda em sua maior parte, da serrapilheira (camada de folhas e restos animais do chão da mata) da floresta. Apesar de carregarem poucos sedimentos misturados em suas águas, esses rios transportam um pouco de areia em seu leito, e por isso, por vezes, ocorre a formação de bancos de areias, nos seus cursos. Existem também os rios de água esverdeada, como o baixo Tapajós. Quase sempre os rios de água esverdeada vêm de longe, principalmente das áreas entre o cerrado e os primeiros indícios de matas. Os rios "brancos" tem maior quantidade de peixes e suas várzeas são mais férteis, por conterem uma maior quantidade de sedimentos.
O igarapé (igara significa embarcação escavada no tronco de uma só árvore, pé significa caminho), em termos científicos, significa cursos de água amazônicos de primeira ou segunda ordem, componentes primários de tributação de rios pequenos, médios e grandes, sendo que a sua boca serve de porta de acesso às matas. Por isso os igarapés são usados pelos habitantes locais até hoje como caminhos. Um igarapé típico é aquele que corre mansamente por um túnel de mata quase fechado, com palmeiras se alinhando em suas margens, entre pequenos barrancos e a imensidão da floresta. Por correrem quase que no interior da mata, a maioria dos igarapés tem águas escuras, transportando poucos sedimentos clásticos (certas rochas, como a argila, o saibro, o arenito, formadas de fragmentos de outras rochas), tendo em suas águas quase apenas matéria orgânica em suspensão.
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Igapó é o nome que se dá a um trecho inundado de mata ou ainda a um brejo coberto de vegetação. Os igapós são formados pelas enchentes dos rios e dos igarapés, que ficam estagnadas por algum tempo. Esta água escoa pelos furos, que são o mesmo que corixos (canais por onde as águas das lagoas, dos brejos  ou dos campos  baixos escoam  para rios vizinhos) para a região pantaneira. Com todas estas características, a Amazônia abriga uma enorme variedade de espécies, tanto de animais quanto de vegetais, muitos dos quais, até os dias de hoje, não foram estudados.
Como pode se perceber, toda a vida deste imenso ecossistema gira em torno da água. Poucas áreas não são afetadas diretamente com enchentes, e a estas chamamos de matas firmes ou de terra firme. Nestas matas encontramos as árvores mais altas, muitas atingindo mais de 50 metros de altura. Nas matas sujeitas a alagamentos são muito encontradas árvores com raízes tabulares, pois estas dão maior fixação à planta ao solo. Ainda nestas matas, são encontradas adaptações interessantes como sementes que flutuam e que são carregadas pela água, germinando em outros locais, longe da planta mãe. As árvores destas matas são capazes de ficar com boa parte do tronco submerso durante meses.




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A Amazônia é um intrincado ecossistema, que abriga uma riqueza de fauna e flora inestimáveis, podendo, caso seja usada de forma correta, trazer um avanço inimaginável para o ser humano. Mas a imensidão esconde a fragilidade desta massa viva perante uma única espécie. Infelizmente, a Floresta Amazônica é mais um ecossistema que vem sofrendo com o desrespeito e a ganância do homem. O desmatamento anual da Amazônia, que cresceu 34% de 1992 a 1994, pouco mais de 11.000 km2 em 1991, já ultrapassou 14.800 km2 conforme dados do próprio Governo. Na região, a atividade agrícola de forma não-sustentável, irracional, continua e a extração madeireira tende a aumentar na medida em que os estoques da Ásia se esgotam. Relatório elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, ligada à Presidência da República, indica que 80% da produção madeireira da Amazônia provêm da exploração ilegal. Conhece-se dezenas de madeireiras nacionais e estrangeiras em operação na região, porém há pouca fiscalização sobre a produção e a área de exploração destas empresas. Esses dados refletem o descontrole da região por parte das autoridades responsáveis pela gestão ambiental do país. O pior é que o desperdício da madeira gira entre 60% e 70%. Um outro agravante é o fato de o Governo desenvolver mega-projetos de infra-estrutura para a Amazônia que causam degradação ambiental sem trazer benefícios para os habitantes da região. Embora o Brasil tenha uma das mais modernas legislações ambientais do mundo, ela não tem sido suficiente para bloquear a devastação da floresta. Os problemas mais graves são a insuficiência de equipamentos adequados e de pessoal dedicado à fiscalização, as dificuldades em monitorar extensas áreas de difícil acesso, a fraca administração das áreas protegidas e a falta de envolvimento das populações locais. Solucionar essa situação depende da forma pela qual os fatores político, econômico, social e ambiental serão articulados.
Mais de 12% da área original da Floresta Amazônica já foram destruídos devido a políticas governamentais inadequadas, modelos inapropriados de ocupação do solo e à pressão econômica, que levou à ocupação desorganizada e ao uso não-sustentável dos recursos naturais. Muitos imigrantes foram estimulados a se instalar na região, levando com eles métodos agrícolas impróprios para a Amazônia.
A ocupação da região amazônica começou a se intensificar na década de 40 quando o Governo passou a estimular, através de incentivos fiscais, a implantação de projetos agropecuários na área. As queimadas e o desmatamento tornaram-se constantes. Até o final de 1990 mais de 415 mil km2 tinham sido desmatados. O total da área queimada foi 2,5 vezes maior. Em algumas localidades, como Porto Velho (RO), os aeroportos chegaram a ser fechados algumas vezes por causa da fumaça das queimadas. Outra forma de destruição tem sido os alagamentos para a implantação de usinas hidrelétricas. É o caso da Usina de Balbina ao norte de Manaus. A baixíssima relação entre a área alagada e a potência elétrica instalada tornou-se um exemplo de inviabilidade econômica e ecológica em todo o mundo. A atividade mineradora também trouxe graves conseqüências ambientais, como a erosão do solo e a contaminação dos rios com mercúrio. Organizações não governamentais nacionais e internacionais como o WWF, vêm desenvolvendo vários projetos, como a formulação de modelos para manejo sustentável de madeira tropical e para ecoturismo de base comunitária na região.
O ecossistema é frágil. A floresta vive do seu próprio material orgânico. O ambiente é úmido e as chuvas, abundantes. A menor imprudência pode causar danos irreversíveis ao seu equilíbrio delicado. Na Amazônia vivem e se reproduzem mais de um terço das espécies existentes no planeta. A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, e o Rio Amazonas corta toda a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando no mar, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água. Esse número corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da terra. Nessas águas, ainda encontramos o pirarucu (Arapaima gigas), o maior peixe de água doce do mundo. Este peixe pode atingir 2,5 metros de comprimento.
Todos os números que envolvem indicadores desse bioma são enormes. Uma boa idéia da exuberância da floresta está na fauna local. Das 100 mil espécies de plantas que ocorrem em toda a América Latina, 30 mil estão na Amazônia. A diversidade em espécies vegetais se repete na fauna da região.
Os insetos, por exemplo, estão presentes em todos os estratos da floresta. Os animais rastejadores, os anfíbios e aqueles com capacidade para subir em locais íngremes, como o esquilo, exploram os níveis baixos e médios. Os locais mais altos são explorados por beija-flores, araras, papagaios e periquitos à procura de frutas, brotos e castanhas. Os tucanos, voadores de curta distância, exploram as árvores altas. O nível intermediário é habitado por jacus, gaviões, corujas e centenas de pequenas aves. No extrato terrestre estão os jabutis, cutias, pacas, antas, etc. Os mamíferos aproveitam a produtividade sazonal dos alimentos, como os frutos caídos das árvores. Esses animais, por sua vez, servem de alimento para grandes felinos e cobras de grande porte.
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Uma das medidas tomadas pelo Governo para proteção da floresta foi a moratória de dois anos, a partir de 1996, para concessão de novas autorizações para a exploração de mogno e virola. Como o desmatamento de florestas tropicais representa uma ameaça constante à integridade de centenas de culturas indígenas, tais medidas são de significativa importância. No caso da virola, projetos que priorizem sua conservação ou manejo adequado são fundamentais. A espécie, que chegou a ocupar o segundo lugar em valor na pauta de exportações de madeiras brasileiras, praticamente não é mais explorada comercialmente devido ao esgotamento das florestas nativas do gênero. Já o mogno, biologicamente adaptado às perturbações naturais, não se regenera bem quando está sujeito a práticas de corte seletivo. O seu plantio tem sido extremamente difícil devido à suscetibilidade a pestes naturais. A preservação da Amazônia é particularmente importante. Mas a região é também a terra dos índios, seringueiros, ribeirinhos e fazendeiros que dependem dos recursos naturais para viver e que têm o direito de usufruir dos recursos naturais, através do manejo sustentado. O desenvolvimento a longo prazo somente irá ocorrer se houver uma administração cuidadosa que evite a exploração excessiva.

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Como fazer uma horta caseira

De tempos em tempos recebo pedidos de ajuda de pessoas do mais variados locais do Brasil (e até do exterior) querendo dicas de como iniciar um cultivo caseiro de alimentos.

Em geral procuram saber qual a melhor forma de aproveitar um espaço que possuem em casa ou apartamento para fazer uma hortinha com verduras e legumes, talvez um canteiro de ervas medicinais ou mesmo de temperos e ervas aromáticas.

Ao meu ver estas pessoas que se pegam olhando um espaço no quintal, ou um pedaço da casa que bate sol uma parte do dia, ficam ali pensando em como seria bom se pudessem colher alguns tomates, alfaces, temperos… Vegetais fresquinhos e orgânicos.

Bem… O que está faltando? Conhecimentos básicos, ferramentas e disposição para começar!


Uma vez tomada a decisão de cultivar pequenas hortas residenciais; seja porque gostam de alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos ou fertilizantes inorgânicos (destroem o equilíbrio da terra), seja porque entendem que cultivar uma horta em casa pode ser muito prazeroso e excelente terapia; enfim, seja lá o motivo que for, a tarefa sem dúvida é uma das formas prazerosas de voltar a ter um contato maior com a Natureza, através do cultivo de plantas.

Cultivar hortas é simples: requer um pouco de conhecimento, atenção e bastante disposição para pequenas tarefas rotineiras. O segredo de uma horta bem cuidada é, através da observação minuciosa, utilizar o que vamos aprendendo durante o processo de desenvolvimento de cada planta, percebendo necessidades de água, nutrientes ou luz solar, cor das folhas, pragas que possam tentar se instalar etc.


—Foto: Ernildo José Lanzarini
Todas as dicas de como cuidar delas são elas mesmo que nos ensinam, através de uma linguagem de sinais. As plantas falam através de sinais químicos, visualmente perceptíveis ou mesmo através de odores, como cheiros na terra e no ar.

Basicamente irei tentar passar adiante um pouco do conhecimento que adquiri desde o início do projeto Tudo Sobre Plantas e irei destacar algumas dicas importantes para um bem sucedido cultivo.

Se tiverem dúvidas é só perguntar no espaço para comentários, ok?

Bem… Vamos lá!

Para fazer uma horta caseira você precisará de:

Etapa 1 – Planejamento
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Tudo começa no planejamento. É imprescindível que você descubra o melhor lugar (ou os melhores lugares) em seu terreno, para construir os canteiros de sua horta.

Existem alguns fatores importantes que devem ser levados em conta:

1) Posição do sol durante o dia ( e ) ao longo das estações do ano – Plantas necessitam de luz para se desenvolver, é fato. A fonte de luz mais barata que temos é nosso Sol. Acontece que o sol muda de posição ao longo das estações do ano. Na parte da manhã de uma primavera ele está num determinado ponto do céu. Se você prestar atenção ao longo do ano, o sol estará em outro ponto do céu, ás vezes diametralmente oposto, numa manhã de outono.

Por isso é importante descobrir o melhor lugar para instalar sua horta, porque em geral o melhor lugar tende a ser sempre aquele que recebe sol parcialmente durante o Verão e bastante sol no Inverno. Nem sempre isso acontece e aprender como lidar com isso ajuda muito no planejamento da horta.

DICA: anote! Escolha um ponto de referência no centro do terreno e marque com estacas, mês a mês, a posição do sol no horizonte tanto no nascer quanto no poente = trace uma linha imaginária entre o ponto de referência e o sol, marque com o bambu ou madeira um ponto no meio desta linha imaginária. Perceba também as sombras que ele poderá fazer ao longo do dia.

Por que isso é importante? Simples! Um local que recebe sol direto pode receber cobertura com sombrite ou telas, amenizando o calor e a iluminação e, numa estação em que o local fique na sombra, a cobertura pode ser temporariamente retirada.

O ideal é escolher um local que receba pelo menos 6 horas de sol por dia, de preferência na parte da manhã. Se seu quintal nos fundos não é ensolarado o suficiente, pense na possibilidade de usar o jardim da frente.

DICA: O local ideal fica afastado de ruas e avenidas, longe de poluição carregada pelo vento.

Se o gramado for o local mais ensolarado do seu jardim, considere mudá-lo de lugar. Desenterre o torrão e transporte para outro lugar, elimine a grama cobrindo-a com jornal ou plástico, ou então construa um jardim suspenso.

Não plante sua horta muito perto de árvores frondosas ou de folhas muito grandes. Elas vão sombrear os legumes e verduras e competir por água e nutrientes.

Resumindo: sol demais tem solução, sol de menos ou falta de sol, não (excetuando-se, claro, as iluminações artificiais).

2) Irrigação – quanto de água disponível existe no local? É possível captar água de chuva e armazenar em bombonas ou cisternas? A água da chuva segue para algum ponto específico no terreno, isto é, escoa para algum lugar?

Cave um buraco com cerca de 30 cm de profundidade e encha-o d’água. Se a água empoçar por muito tempo, você precisará instalar uma tubulação especial para escoar o excesso de água ou cultivar em canteiros suspensos.

Um fator importante é a posição de torneiras, disponibilidade (se falta água ou não) e distância do local da horta, simplesmente porque sem água as plantas murcham, secam e morrem. Água é essencial.

Uma horta pequena em geral necessita de pouca água – uma mangueira resolve o problema – mas se você cultivar vários e vários canteiros, pode ser mais interessante investir num sistema de gotejamento, para manter o solo úmido. Para cada caso há uma necessidade específica.


—fonte: http://www.timon.ma.gov.br
Uma boa idéia é começar com irrigação por regadores. Caso a horta cresça e valha a pena o investimento, você pode instalar uma irrigação por gotejamento. A fertirrigação orgânica hoje em dia está mais em conta e facilita bastante, porque você pode adubar e irrigar ao mesmo tempo, poupando trabalho.

Dica: atenção para os horários de rega: sempre na parte da manhã e/ou à tardinha, quando o sol está ameno. Regar quando está muito calor com sol a pino faz a água evaporar rapidamente e as plantas podem ficar até queimadas nas folhas, pois as gotas concentram os raios do sol como lupas.

3) Tamanho dos canteiros – comece sempre construindo pequenos canteiros, suficientes para cultivar 3 ou 4 espécies diferentes. Tenho certeza que, quando você colher a primeira safra, irá se sentir tão bem que irá querer fazer mais canteiros e ensinar seus vizinhos a cultivar também.

Uma medida ideal é:

- largura: um pouco menor que duas vezes o tamanho do seu braço;

Evite canteiros muito largos, para não ter que se apoiar na terra na hora de cuidar das plantas ou ficar em posições muito incômodas.

- comprimento: vai variar em função do espaçamento das espécies cultivadas. Pode-se tomar como regra um espaçamento de 40 cm, de uma planta para outra.

Por exemplo: uma família com 4 pessoas consome, em geral, um molho de alface, 3 tomates, metade de uma couve-flor e uma ou duas cenouras – por dia! Se você for plantar alface, tomate, couve-flor e cenoura (4 plantas), então o canteiro terá que ter 4 x 40cm = 1,6 metros.

Se não quiser fazer contas, comece com canteiros de 2 metros de comprimento.


—Foto: Ernildo José Lanzarini
Evite canteiros muito compridos, para não ter que misturar plantas que não possuam as mesmas necessidades de água e iluminação solar, ou terra preparada de formas diferentes.

- altura: quanto mais alto o canteiro fica acima do chão, mais terra e mais trabalho, mas menos necessidade de se abaixar. As raízes de tubérculos necessitam de maior profundidade e existem alguns cultivos que precisam de suporte para os galhos.

A altura ideal fica entre 20 cm à 50 cm. Já vi alguns canteiros suspensos utilizando caixas de madeira (aqueles de feira livre). Consegui pensar em alguns motivos: cansa menos, é mais fácil de observar, mantém a plantação longe de animais domésticos e facilita a colheita.

Uma horta suspensa é ótimo para quem tem disposição para construir mas não é essencial.

Etapa 2 – Construção
4) Material para a construção: dependendo da altura escolhida, você poderá usar toras de madeira, tijolos e até mesmo garrafas PET cheias de terra / areia. Aqui, a criatividade é fundamental.

Se você não quer ser criativo ou não quer economizar, pode utilizar tijolos com cimento para o muro do canteiro. Pode até mandar ladrilhar. O canteiro é seu e você faz do jeito que desejar.

O importante é:

a) O fundo do canteiro deve permitir a drenagem da água da irrigação.

b) Ao juntar terra para o canteiro, lembre-se de completar com terra adubada, húmus de minhoca, composto orgânico e terra preta com um pouco de areia. Para preparar o substrato do canteiro basta uma enxada e misturar a terra em um monte.

c) Funciona melhor adubar antes de plantar, pelo menos 30 a 40 dias antes, do que adubar somente depois.

d) Anote a data de início do seu plantio! Assim você poderá ter uma estimativa de quando poderá colher.

5) Quais vegetais devo plantar?

Sem dúvida, essa é uma das perguntas mais frequentes. Aqui eu destaco o seguinte: para pessoas com pouca experiência em plantios, o melhor é iniciar uma horta comprando algumas mudas já em desenvolvimento – alface, rúcula, alecrim, manjericão, tomilho, salsa, cebolinha, manjericão roxo, erva-cidreira etc, em hortos ou viveiros.



Só tente plantar a partir de sementes se você tiver um lugar protegido do sol para fazer de viveiro. Use copos plásticos furados no fundo, de café ou água, com terra peneirada, para plantar as sementes que deseja germinar e deixe na sombra protegidas de chuva e ventos fortes. Quando as mudinhas estiverem com 3 ou 4 folhas, aí é hora de transplantá-las para os canteiros.

Procure agrupar sempre, no mesmo canteiro, plantas com necessidade de sol e água semelhantes. Estude alelopatia, isto é, plantas que cultivadas juntas acentuam o sabor umas das outras e/ou se protegem mutuamente.

6) Utilize a rotação de culturas como regra sempre – se você utiliza um canteiro para cada espécie, após a colheita plante sempre espécies que sejam de famílias diferentes da que foi cultivada antes, para evitar o esgotamento de nutrientes da terra.

Você pode plantar as chamadas 3 irmãs ao mesmo tempo e no mesmo local: feijão, milho e abóbora. Elas se complementam e uma espécie auxilia o desenvolvimento da outra. Repare que para produzir um quilo de feijão são necessárias 30 a 50 pés. Abóboras, melancias e batatas não servem para plantar em jardins suspensos, pois são plantas que tendem a se espalhar pelo terreno.

7) Espaçamento entre canteiros: o ideal é que permita a passagem de duas pessoas lado a lado. Caso não seja possível, diminua o espaçamento entre os canteiros mas também não construa canteiros muito compridos.

É importante poder caminhar ao lado das plantas sem esbarrar nelas.

Etapa 3: Manutenção
Regas / adubação: regue sua horta sempre ou na parte da manhã ou no fim de tarde, evitando sempre regas durante as horas mais quentes.

Se for usar mangueira, lembre-se de guardá-la em local protegido do sol, para que não esquente a água que fica dentro da mangueira.

Adube cada canteiro de acordo com as espécies que lá estão plantadas. Em geral só é necessário adubar de 30 em 30 dias, ou 45 em 45 dias.

Não jogue cascas e restos de alimentos diretamente na superfície do solo. O ideal é preparar composto orgânico ao longo dos meses e ir utilizando um pouco de cada vez.



Em casa é mais fácil produzir composto pois basta construir uma composteira. Separe restos de alimentos e folhas para fazer seu adubo orgânico e depois utilize em sua horta.

9) Monitoração: sua horta precisará de acompanhamento diário (no início) e depois que as plantas estiverem crescidas pelo menos um acompanhamento de perto a cada 2, 3 dias. É através da observação que você perceberá algum problema no cultivo como pragas, doenças, falta / excesso de água, sol ou nutrientes.

Além disso, é importante fazer a limpeza das plantas – retirar as folhas velhas e galhos secos – e dos canteiros, retirando plantas daninhas, matos e outras que ali nascerem, para que as que você plantou possam se desenvolver de forma plena e vigorosas.

Fique de olho em pássaros e outros animais – você está cultivando alimentos e eles irão ser atraídos pelas plantas, cores e perfumes. Os animais, da mesma forma que nós, são atraídos pela mudança de cor dos frutos do tomate, por ex., pelas flores ou cheiros lançados no ar.

Para proteger sua horta você pode construir cercas em volta ou fechar a área com telas, construindo um viveiro.

10) Colheita: retire apenas o que for utilizar naquele dia. Se você for usar apenas algumas folhas de alface, por ex., retire o necessário da parte externa e deixe a planta lá, se desenvolvendo. Desta forma, os pés de alface irão produzir sementes e você poderá plantar novamente, reiniciando todo o processo.

Escolha os frutos mais maduros e deixe os verdes no pé para amadurecerem. Colha uma parte, desfrute dos sabores e texturas, separe alguns para presentear alguém, que tal?

Cada espécie possui formas diferentes de cultivo e colheita, então procure se informar sobre as espécies que plantou. Acesse o [ Banco de Plantas ] e procure por informações sobre cultivo em nosso grupo de estudos: [ GEP TSP ].

O importante da colheita é: esta é a hora da verdade. É neste momento que iremos verificar se o cultivo foi correto, através da qualidade dos frutos que colhemos.

Portanto, verifique todos os passos e se alguma coisa deu errado veja se você pulou alguma parte ou esqueceu de fazer alguma coisa. Quanto mais você tentar mais irá aprimorar-se e logo, logo estará colhendo maravilhosos morangos, tomates, alfaces, couves etc.

– Prós & contras –
Cultivar em casa é econômico?

No primeiro ano, será difícil economizar por causa dos gastos com a implementação – cercas, divisórias, fertilizantes e plantas. E, se continuar a comprar mudas e fertilizantes, esses gastos podem ultrapassar o planejado.

Para economizar ao máximo, cultive suas plantas a partir de sementes, faça seu próprio composto, procure fazendas que forneçam esterco de graça e reduza o uso de substâncias químicas.

Além disso, escolha plantas que sejam mais caras nos mercados, como rúcula, acelga e brócolis.

Faça uma mini-horta

■Se o espaço for pequeno, cultive uma “salada” num vaso. Plante alface e cebolinha ao redor de variedades de tomates que crescem pouco.
■Procure formas de legumes e verduras que não sejam rasteiros, como as de abobrinha e abóbora
■Experimente a forma anã das seguintes variedades, que também são adequadas para plantar em vasos: beterraba (você precisará de uma profundidade de solo de pelo menos 20 cm para que as raízes tenham espaço para crescer), pimenta-malagueta, tomate, nabo, rabanete, rúcula, mostarda.
■Não esqueça que você pode plantar tanto horizontal quanto verticalmente! Faça um tripé para ervilhas e feijões com três estacas de madeira de lei ou bambu amarradas no topo e depois enrole uma rede de fios ao redor das estacas.
Boa sorte e bom cultivo!

Saiba mais sobre a lithops: É uma pedra. Não, uma planta




-Coloque pedras no fundo de um vaso pequeno (as lithops demoram a crescer e gostam dessa vida em coletividade durante, pelo menos, um ano) e complete com substrato formado por duas partes de areia de rio peneirada para uma parte de terra de jardim ou terra preta, também peneirada.

2-Coloque o vaso dentro de uma vasilha com água para encharcá-lo bem (até a água aparecer na superfície).

3-Faça uma “cama” para as sementes com uma camada somente de areia finíssima (um milímetro).

4-Pegue uma folha de papel sulfite e dobre ao meio.

-Coloque as sementes nesta folha de forma que fiquem na canaleta que se formou com a dobra e bata gentilmente para que as sementes corram e caiam na superfície do vaso.

6-Faça uma cobertura com areia que não ultrapasse o tamanho da semente; o que será quase uma camada de pó.

7-Cubra com um plástico e prenda com um elástico.

8-Coloque em um local bem iluminado, mas onde não bata sol diretamente. Se as sementes forem muito pequenas, apenas cubra com um plástico e prenda as laterais.

Segundo Cassio, os melhores índices de germinação são obtidos quando se semeia no fim do verão e começo do outono, durante a lua crescente, mas pode-se semear a partir da primavera.

“As sementes germinam em uma semana e devem ser regadas sempre que a superfície mostrar sinais de que esteja secando”, explica o biólogo. “Devem ser regadas por baixo, ou com um aspersor bem fininho, para não atrapalhar o crescimento.”
As plantas só vão adquirir alguma resistência à seca após a formação das folhas definitivas, o que geralmente acontece entre quatro ou cinco meses. “Continue molhando-as mais frequentemente que as adultas até completarem um ano”, ensina. Depois desse período, podem ser transplantadas para um vaso definitivo.

“A melhor maneira de se conhecer estas plantas é semeando e acompanhando o seu desenvolvimento até a maturidade, que é atingida, em média, aos três anos de idade, quando começam a florescer”, conclui Cassio.

O CULTIVO DAS PLANTAS MEDICINAIS

Plantas medicinais cultivadas em vasos ou floreiras Nos vasos, ou nas floreiras podem ser plantados sementes ou mudas de plantas medicinais.

Existem vasos e floreiras de todas as formas, tamanhos e tipos de material.
Quando se trata plantas individuais, o mais fácil e prático é provavelmente plantá-las em vasos.

Conforme o tipo de material da qual é feita o futuro vaso ou jardineira, torna-se necessário um pequeno tratamento prévio.
Seja para assegurar que eles tenham uma vida útil mais longa, seja para possibilitar às plantas melhores condições de cultivo:



{ Vasos de barro que nunca foram usados devem ser mergulhados em água por 24 horas, para evitar que absorvam a umidade do solo.



{ Materiais como xaxim e coxim (fibra de coco) também devem ser previamente encharcados, do contrário tenderão a ficar ressecados.



{ Vasos de metal, em princípio, não deveriam ficar em contato direto com as terra, Se isso ocorrer, a tendência natural é que venham a enferrujar. Portanto, o melhor seria forrá-los internamente com um saco plástico e só depois colocar a terra.



{ Plásticos, fibras de vidro para vasos, fibrocimento e cimento são materiais que não requerem nenhum tratamento antes do plantio.



{ Vasos ou jardineiras de madeira exigem sempre impermeabilização, com selador, antes de ser pintada com verniz.



Todos os vasos ou jardineiras precisam ter buracos de drenagem e (exceto os cestos) uma camada de cascalho, perlite ou cacos partidos no fundo, para não haver excesso de água, devendo ser cheios com uma boa mistura de terra.

Pode fazer-se esta mistura com uma parte de terra comum de jardim, uma parte de esterco ou composto orgânico e uma parte de areia grossa de construção.

Devem cultivar-se com maior abundância as plantas que são utilizadas com mais freqüência.

Num vaso podem plantar manjericão ou manjerona. Quanto ao coentro e salsa é melhor partilharem outro vaso, pois todas estas gostam de lugares iluminados, mas onde o sol não bata diretamente, dando-se melhor com um meio um pouco mais fresco e molhado do que o primeiro.

Também há muitas variedades de hortelã que podem ser cultivadas no mesmo vaso, pois todas apreciam um solo moderadamente molhado e tendem a dispersar as raízes.

Já o alecrim, a sálvia, a alfazema devem ser cultivadas sozinhas.

No cuidado dispensado às plantas, as regas constituem uma das coisas mais importantes. Nem água demais, nem de menos, o melhor é verificar a umidade do solo todos os dias no verão, de 3 em 3 dias na primavera e no outono, enquanto que no inverno, apenas uma vez por semana é o suficiente.

A adubação do solo deve ser feita de seis em seis meses, incorporando à terra composto orgânico ou esterco de gado curtido.

No caso de aparecerem pragas como pulgões, cochonilhas, tripes nas plantas use o inseticida caseiro que é constituído de: 35 g de fumo de corda picado bem fino, 26 g de sabão de potássio neutro em pó e 50 ml de álcool, diluídos em 8 litros de água.




Plantas medicinais coletadas no campo Ao coletar as plantas medicinais no campo são necessário saber que os vegetais das quais se utilizam:

a) as folhas devem geralmente, ser recolhidas antes da floração;

b) as flores ou as sumidades floridas devem ser recolhidas no início da floração;

c) os frutos devem ser colhidos no início da maturação;

d) as raízes devem ser retiradas do solo quando o talo murcha, ou no começo da primavera, antes que haja rebrotado.



Na coleta das plantas medicinais é preciso tomar algumas precauções, que são:

{ Não devem ser coletadas plantas encontradas próximas de rodovias e plantações pois estas podem apresentar danificações provocadas pelos gases liberados dos escapamentos dos automóveis e, no segundo caso, podem estar impregnadas com produtos químicos utilizados como adubos ou inseticidas;


{ É necessário tomar cuidado para que as plantas que se coletem não se sujem mutuamente com a terra;

{ Fazer desde o momento da coleta, a triagem dos fragmentos que possam proceder de outras plantas;

{ Não coletar plantas ou partes de plantas que estejam rigorosamente limpas. Vigiar particularmente as deposições de animais;

{ Selecionar somente plantas sãs, sem manchas e não atacadas por insetos;

{ Evitar as que se encontram nas proximidades de fungos;

{ Não comprimí-las para que não murchem, o que as faria perder uma boa parte de seu aroma;

{ Preparar para a dessecação o mais rápido possível, para evitar que apareçam bolores ou fermentações.



Plantas medicinais cultivadas em canteiros As plantas medicinais, por possuirem ciclo curto, podem ser tratadas como as hortaliças.

Para cultivá-las em canteiros, estes deverão possuir 1 m de largura e comprimento variável, tendo uma distância de 50 cm entre eles, com a finalidade de possibilitar a movimentação.



O espaçamento utilizado normalmente é de 20 cm entre as plantas de espécies de porte baixo e de 30 cm entre sulcos.

Para plantas mais altas, que atinjam 1 m de altura, deve-se usar 35 cm entre as plantas e 50 cm entre as linhas.

Para as plantas que chegam a 2 m de altura, usar 50 cm entre as mesmas e 70 cm entre sulcos.

Os canteiros são normalmente utilizados para plantas de pequeno porte e anuais.








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cultivar plantas em casa

Criar o hábito de cultivar plantas em casas e apartamentos e repassar o conhecimento necessário para o público interessado. Este é um dos objetivos do portal Mercado da Flor (www.mercadodaflor.com.br), desenvolvido para donas-de-casa, produtores, engenheiros agrônomos e amantes da natureza.

O Mercado da Flor é um portal de negócios da floricultura, jardinagem e paisagismo. Nele, é possível ter acesso a dicas, literatura, produtos, oficinas e cursos na área. Neste ano, já foram realizados cursos, a exemplo de “Técnicas de jardinagem e paisagismo - módulo 1” e “Cultivo de orquídeas” , além de diversas oficinas, como a de “Técnicas de bokashi”. O valor cobrado nos cursos, em torno de R$ 50,00, é subsidiado por parceiros do portal.

De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor, Sérgio Ricardo, está provado que cultivar plantas dentro de casa deixa o ambiente mais humanizado e também pode reduzir o estresse diário.

Sempre que for adquirir plantas para cultivo domiciliar é importante consultar pessoas e empresas especializadas para que se tenha a melhor indicação. Alguns pontos são importantes no ato da aquisição. Localização, rega, iluminação e harmonização com o ambiente, nunca podem ser esquecidos.

Aprenda a cultivar plantas em vasos

Falta um pedaço de terra a sua disposição em casa ou no apartamento? É possível criar um canto verde com o cultivo de plantas em vasos. Para que elas fiquem bonitas e saudáveis, o segredo é criar condições semelhantes aos seu habitat natural.

É preciso avaliar as condições da terra, incidência de luz, e condições de água e nutrição antes de começar os trabalhos. Prefira recipientes de barro e cerâmica que imitam o solo e deixam a plantam respirar melhor. Regue as plantas na dose certa. Umidade que persiste por toda a noite pode atrair fungos. Confira essas e outras dicas na reportagem da